A Operação Zelotes e a venda do Grupo RBS︱Itamar Aguiar

A Operação Zelotes e a venda do Grupo RBS︱Itamar Aguiar

O trabalho tem por objetivo analisar a venda das empresas de comunicação do Grupo RBS em Santa Catarina pela família Sirotsky, maior conglomerado de comunicação do Sul do Brasil e dono de marcas como a RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul e no estado catarinense, proprietária de diversas emissoras de rádio, jornais e portais. E a compra pelos bilionários da Forbes, respectivamente, o “rei dos genéricos” do Grupo NC, o paulista Carlos Eduardo Sanchez, dono da farmacêutica EMS, e o “rei do acrílico” e suplente de senador pelo MDB (AM), o gaúcho Lírio Albino Parisotto, dono da empresa Videolar e do ramo de petroquímica a partir da Innova, um dos controladores da Usiminas e também acionista das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).

A questão principal da pesquisa é compreender o motivo que levou dois megaempresários e outsiders do setor da Comunicação na região Sul do país, a investir seu dinheiro e prestígio numa área em que jamais tiveram qualquer participação, isto é, os ramos da Indústria Cultural e da Informação. O negócio milionário da compra da RBS em SC, envolvendo uma cifra estimada entre R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão, ocorre no momento em que o grupo gaúcho enfrenta uma grave crise empresarial, que ganhou novos contornos, principalmente depois da autuação na Operação Zelotes.

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