As transfigurações da educação na teoria de Florestan Fernandes: escola e socialização política na formulação estratégica da revolução socialista – Ricardo Scopel Velho

As transfigurações da educação na teoria de Florestan Fernandes| Ricardo Scopel Velho

Vive-se num tempo histórico nebuloso. A perspectiva da classe trabalhadora em luta pela sua emancipação parece se esvaziar diantedas ilusões com o mercado e do crescente individualismo. Uma onda conservadora tomou as ruas do Brasil ao afirmar que o culpado pelas mazelas sociais é o governo e não as relações sociais de produção capitalistas.

Como resultante, há um revigoramento da organização de setores tradicionais das classes dominantes no país e, por consequência, várias manifestações de ódio e opressão étnica, sexual, regional, econômica e social. Todas elas, demonstrações de que o Brasil passa por uma profunda inquietação quanto ao seu futuro imediato. No mundo não é diferente. Tem-se, por exemplo, a crise migratória na Europa, os conflitos no Oriente Médio, a crescente tensão entre a Rússia e os Estados Unidos. Esses são exemplos do futuro incerto que a humanidade tem diante de si.

As diferentes formas de expressar as contradições do modo de produção hegemônico no planeta estão expostas em cada esquina. No entanto, as ferramentas de conhecimento dessas relações enferrujam-se. No Brasil, o conformismo político dos últimos 30 anos fez com que a luta de classes ficasse restrita (com raras exceções) ao confronto nas urnas e não nas ruas, o que demonstra a pobreza teórica e política da atualidade.

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